Empoderamento Feminino e Gestão Ambiental é tema de roda de conversa

 

Alinhado aos objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), quinto objetivo da ODS - Alcançar a igualdade de gênero e empoderar mulheres e meninas, o encontro abordou o protagonismo feminino, políticas públicas, mercado trabalho e boas práticas socioambientais.

Para a presidente do Instituto Alziras, Marina Barros, o evento de hoje trabalha um tema prioritário na 26ª Conferência do Clima (COP26), em Glasgow, na Escócia, que indica incluir, cada vez mais, e ouvir mais as mulheres na formulação das soluções da crise climática ambiental que vivemos. “Um evento importante e conectado com o que vivemos e falamos globalmente. Vivemos num mundo onde as mulheres e crianças, por exemplo, sofrem 14 vezes mais os impactos das mudanças climáticas do que as outras pessoas. É imprescindível que a gente discuta a representação das mulheres nos postos de poderes e tomada de decisão à frente das políticas públicas”, afirma.

A professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e doutora em Ciências (Esalq/Cena), Vivian Battaini, apresentou sua experiência na gestão ambiental. “Sempre vemos a presença masculina muito forte nos principais espaços de tomadas de decisões. Precisamos defender o espaço das mulheres nesses locais e também a frente das decisões na gestão ambiental e que envolve todos que vivem no planeta”, disse.

Já a advogada e prefeita da cidade potiguar de Jandaíra, trouxe sua experiência na gestão pública do município. “Muito se fala no impacto ambiental, na fauna e flora. Mas, precisamos falar do impacto na vida das mulheres. Falar do empoderamento feminino e gestão ambiental e colocar as mulheres como protagonistas dessas políticas públicas, que serão desenvolvidas nos municípios e também no nosso estado. Em Jandaíra, criamos uma rede de apoio por meio da Secretaria Municipal de Mulheres e Minorias, a primeira secretaria do tipo criada na Região do Mato Grande”, relata.

O diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, destacou a importância da liderança das mulheres. “Historicamente, mulheres e homens sempre desempenharam papéis diferentes na sociedade. Um fato que, felizmente, vem mudando drasticamente com o passar dos anos. Mesmo assim, ainda não chegamos a tão sonhada igualdade. No Brasil, a única mulher eleita governadora é a do nosso Estado, e nesta perspectiva, a gestão do Idema tem muitos setores chefiados por mulheres. Isso porque, constatamos diariamente a eficiência na forma de trabalhar, capacidade de articulação, resolução de conflitos e múltiplas demandas é algo inerente ao universo feminino. E para gestão ambiental no território potiguar isso tem sido um diferencial, a exemplo da implantação dos Comitês de Educação Ambiental”, ressalta.

A mediação do evento foi realizada pela socióloga da Caern, Marília Lima e pela subcoordenadora de Planejamento e Educação Ambiental do Idema, Iracy Wanderley. De acordo com Iracy Wanderley, o tema da Roda de Conversa está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). “O diálogo apresentado nesta mesa busca fomentar a igualdade de gênero. Na Educação Ambiental acreditamos que é possível, por meio dos processos formativos, mudar as realidades sociais. Quando compartilhamos conhecimento, empoderamos pessoas, e as vivências das mulheres nos espaços que elas ocupam ou anseiam precisam ser reconhecidas e validadas sem distinções”, pontuou a subcoordenadora .

A Roda de Conversa também contou com a participação da doutora em Engenharia Química, com área de concentração em Engenharia Ambiental, diretora técnica da Gracy Ambiental, Carla Gracy; a cientista Ambiental, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ceará-Mirim, Wagna Dantas, e da psicóloga, Mestre em Saúde Coletiva, Diretora de Políticas Intersetoriais e Promoção à Saúde da Sesap, Teresa Freire.

O encontro faz parte da programação da Semana Estadual do Meio Ambiente – SEMA 2022, que segue até o dia 05 de junho com ações por todo estado. Confira as atividades no site do Instituto, idema.

Tem seu foco na discussão do tema sobre igualdade de gênero, com o empoderamento de meninas e mulheres. Suas metas pedem o fim da discriminação e da violência contra meninas e mulheres; buscam reformas que levem a direitos iguais a propriedade, controle sobre a terra, recursos financeiros, herança e recursos naturais e acesso ao uso de novas tecnologias de informação e comunicação.

Em se tratando das questões relacionadas à igualdade de gênero, os municípios não têm obrigações diretas, legais e constitucionais, como a educação e saúde, por exemplo. Todavia, é um tema de extrema importância e que precisa de forma urgente entrar na pauta das políticas públicas.




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