O som do Batuque de Mulheres do Grupo Gami e a alegria das artistas circenses Aranha e Ju Modro deram início ao I Seminário Nacional de Mulheridades e Cultura, em Natal, nesta terça-feira (18). Durante os dias 18 e 20 de junho, o Complexo Cultural Rampa, na Zona Leste de Natal, será tomado por mulheres fazedoras de cultura, com mesas temáticas, oficinas e programação cultural.
A abertura do seminário contou com a participação da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e das ministras da Cultura, Margareth Menezes, e das Mulheres, Cida Gonçalves. Também participaram a Secretária Extraordinária de Cultura, Mary Land Brito, a secretária das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Olga Aguiar, o diretor da Fundação José Augusto, Gilson Matias, e outros membros do secretariado estadual, parlamentares e representantes de movimentos sociais organizados.
O Seminário é uma iniciativa do Ministério das Mulheres, em parceria com o Ministério da Cultura (MinC) e o Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretária Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto, para promover a troca de experiências, fortalecer a organização e estimular a participação social e política delas na construção de políticas públicas.
“Vamos fortalecer as políticas públicas para as mulheres de forma que cada vez mais elas alcancem lugares de poder, não só na cultura, mas em todos os lugares. Tá na hora de avançar na luta contra preconceitos e violências e a favor de uma melhor qualidade de vida para a população feminina. Viva as mulheres, viva os direitos das mulheres”, conclamou Margareth Menezes.
Já Cida Gonçalves aproveitou a oportunidade para se posicionar contrária e chamar de retrocesso o projeto que endurece a punição para o aborto. O texto que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação a homicídio teve sua tramitação em urgência aprovada pela Câmara dos Deputados. “Essa matéria é desumana e injustificável. Não podemos permitir que uma medida trágica como essa seja acatada. Vamos conversar e dialogar até o fim com os parlamentares para que este projeto não logre êxito. Trata-se da vida das mulheres, que devem ser cuidadas e não condenadas pelo Estado Brasileiro”, defendeu a ministra das Mulheres.
Mary Land falou que o Seminário Nacional de Mulheridades e Cultura representa uma forma de valorizar as diversas expressões artísticas realizadas por mulheres em todo o país e, com isso, fortalecer a presença, estimular e aprofundar a mobilização das mulheres na participação social e cultural.
“Com toda certeza, a participação das mulheres no debate nacional sobre cultura eleva a qualidade das políticas públicas do setor enquanto é elemento essencial do contexto social, garantindo igualdade, diversidade e a construção de uma sociedade democrática”, concluiu a Secretária Extraordinária de Cultura do RN.