SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Fundado em São Paulo há 43 anos, o PT passa por um esvaziamento em seu berço, com a perspectiva de ficar sem candidato próprio na eleição para prefeito da capital pela primeira vez em quatro décadas, em meio ao ritmo capenga de renovação dos quadros e ao avanço do PSOL no campo da esquerda.
A legenda, criada oficialmente em 10 de fevereiro de 1980 durante um encontro no Colégio Sion, na região central paulistana, vê hoje seu núcleo de poder se deslocar para Brasília, com o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e tenta contornar fragilidades na terra de origem.
A presidência estadual da sigla está de mudança, com a saída de Luiz Marinho para virar ministro do Trabalho. Ele chegou ao cargo em 2017 e disputou as três eleições seguintes, o que uma ala enxergou como prejudicial ao andamento da máquina partidária. Marinho se elegeu deputado federal em 2022.
O mais cotado para substitui-lo é Kiko Celeguim, deputado federal em primeiro mandato. Com carreira política feita em Franco da Rocha onde seu pai, Mário Maurici, foi prefeito, o parlamentar de 38 anos é citado como um dos novatos em ascensão na legenda, muitos dos quais ainda com baixa projeção.
FONTE: Folha de São Paulo