Corte de emendas pode ser saída para Auxílio Brasil, avaliam economistas

 

BRASÍLIA - Os R$ 19,4 bilhões reservados no Orçamento de 2023 para o pagamento das emendas de relator do orçamento secreto são o alvo principal da tesourada recomendada pelo economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, e pela economista sênior da Tendências, Juliana Damasceno, para bancar um Auxílio Brasil de R$ 600 sem furar o teto de gastos.

Um dia após a apresentação do projeto prevendo um benefício de R$ 405, o Estadão perguntou aos dois economistas se seria possível encontrar espaço fiscal para manter o valor de R$ 600. Sob forte polêmica, o Orçamento proposto em plena campanha eleitoral antecipa a necessidade de debate sobre o futuro do teto, de forma a acomodar os novos gastos já contratados pelos presidenciáveis.

Megale faz as contas e prevê nova rodada de mudanças na Constituição para acomodar os R$ 164,6 bilhões em novas despesas já contratadas, entre elas, o aumento do Auxílio Brasil, o reajuste de servidores, o pagamento de precatórios (dívidas judiciais da União) e a compensação a Estados e municípios com a perda de receita com o ICMS. Para ele, seriam possíveis cortes nas emendas de relator e nos gastos tributários (incentivos fiscais e subsídios), além de tornar programas mais eficientes, inclusive o Auxílio Brasil.


Fonte: Estadão




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