Acordo de livre comércio será benéfico para o país, afirma presidente da Faern

Foco Sertanejo
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Na última semana (22, 23 e 24 de fevereiro), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, participou da 7ª Cúpula Brasil- União Europeia, que foi promovida em Bruxelas, na Suíça, e que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff.

No retorno ao Brasil, Vieira destacou que o encontro desenvolveu as melhores condições para que avanços reais nas negociações de um acordo para livre comércio entre o MERCOSUL e a União Europeia sejam efetivados. “Acredito que já passou da hora desse acordo ser firmado. O empresariado brasileiro espera por isso”, comentou.

De acordo com dados fornecidos pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), O volume de comércio entre Brasil e União Europeia em 2013 ficou em US$ 98,5 bilhões, com um saldo favorável aos europeus de quase US$ 3 bilhões. As importações de produtos europeus fecharam em US$ 50,7 bilhões e as exportações brasileiras para UE, somaram US$ 47,8 bilhões - abaixo do pico registrado em 2011, de US$ 53,2 bilhões. “Agora em 2014 a situação se complica com a perda de preferências tarifarias antes concedidas ao Brasil no âmbito do Sistema Geral de Preferências da União Europeia, que poderia ser compensada se houvesse um acordo de livre comércio. Por isso, pedimos agilidade nesse processo”, afirmou vieira.


Mercado brasileiro

Em mesa-redonda com empresários brasileiros e europeus, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, lembrou que a UE se beneficiaria com o acordo porque o mercado brasileiro conta com 200 milhões de habitantes, dos quais 56% pertencem à classe média. "Temos estudos mostrando que o mercado consumidor brasileiro, que hoje está em US$ 2,2 trilhões, chegará a US$ 3,5 trilhões em 2020, tornando-se o quinto maior mercado consumidor do mundo", destacou.

“Outra questão importante é que o acordo de livre comércio envolve serviços, unificação de regras sanitárias e fitossanitárias e procedimentos, além de redução de burocracia. O acordo poderia aumentar em pelo menos 30% a corrente de comércio entre o nosso país e União Europeia, com benefício para ambos os lados”, ressaltou o presidente da Federação da Agricultura do RN.

Os europeus têm o maior estoque de investimentos estrangeiros diretos no Brasil e, na avaliação da CNA, um acordo permitiria manter o ritmo de aplicações anuais, fortalecendo a posição da UE como maior investidor no país.

Uma nova reunião, desta vez com técnicos da CNA, está agendada para o próximo dia 21 de março e debaterá os pleitos cobrados pela entidade no encontro de Bruxelas.






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